Artigos Externos
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Trata-se de um ensaio teórico que articula alguns fundamentos da educação especial com a medicalização da educação. Objetiva ampliar a discussão sobre a medicalização da educação como processo histórico mais amplo, que transforma questões sociais complexas e multifatoriais, marcadas pela cultura e pelo contexto histórico, em questões individuais, biológicas e orgânicas.
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Este trabalho tem como princípio norteador a ideia de que as múltiplas denominações relativas ao conceito de normalidade vão sendo tecidas nas relações históricas ao longo do desenvolvimento das sociedades. Faremos o relato de uma experiência que objetivou ampliar o conhecimento dos professores sobre o fenômeno da medicalização da educação que consiste em patologizar e prescrever remédios para os desafios escolares. A ação foi desenvolvida com um grupo de 18 docentes que atuavam na educação básica nas Salas de Recursos Multifuncionais de um município da grande Natal.
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No artigo, interrogamos o conceito de medicalização, explorando as possibilidades abertas pelos escritos de Michel Foucault. A partir desse referencial, buscamos analisar a Medicina enquanto uma estratégia de saber e poder que responde a múltiplos e variados interesses em disputa no campo social. Realizamos breve levantamento sobre algumas concepções centrais concernentes à tradição crítica do fenômeno da medicalização e procuramos, sob a influência dos estudos arqueogenealógicos foucaultianos, repensar algumas dessas afirmações.
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O fenômeno da medicalização na infância refere-se a um processo que transforma questões multifatoriais em distúrbios, transtornos, possíveis de serem medicalizados, inserindo no campo das patologias demandas que fazem parte do cotidiano dos sujeitos. Essa pesquisa objetivou analisar as mudanças de compreensão sobre o fenômeno da medicalização da educação com professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental, da rede pública estadual de ensino do RN, a partir de uma formação continuada colaborativa com 26 participantes, entre professores, coordenadores pedagógicos e gestores, e tem como fundamento teórico alguns princípios da psicologia histórico-cultural.
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Este estudo teve por objetivo investigar os efeitos do processo de medicalização de alunos que apresentam comportamentos que a equipe escolar considera inadequados. Participaram da pesquisa dez professores de três escolas públicas de uma cidade do Estado do Paraná. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado.
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O que nos faz depositar tanta confiança e credibilidade no uso de medicamentos como forma de resolver nossos dilemas cotidianos? Até que ponto nos enquadramos na famigerada normalidade? O que fazer com aqueles que apresentam um comportamento tão heterogêneo que incomodam, insistentemente, aqueles com os quais se relaciona? Via de regra há uma crença de que a Ciência possa responder a essas questões.